El contexto de una ultraderecha internacional
Omar Rincón
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El contexto de una ultraderecha internacional
Omar Rincón
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Bannon diz que as bandeiras que os guiam são o nacionalismo econômico, o individualismo (a liberdade individual), a segurança nacional, o desmonte do Estado administrativo burocrático, acabar com o capitalismo de camaradagem e conseguir que “a classe trabalhadora” tenha algo a dizer. E conclui que “o que os trabalhadores querem é um dia de pagamento honesto para um dia de trabalho honesto, não querem que o mundo concorra com eles por seu trabalho”.
O analista político e internacionalista uruguaio Álvaro Padrón sugere que existe uma ultradireita internacional que articula, coordena e financia na América Latina. E que parte do seu sucesso é assumir que chamar de ultradireita não é uma palavra que apenas “os bons” usam enquanto reivindicam sem pudor o inaceitável: a ditadura, a tortura e ir com tudo contra a agenda de direitos, os feminismos, as sexualidades diversas e o aquecimento global. Argumenta ainda que a ultradireita ganha votos ao utilizar uma fakepolitics cheia de mentiras demagógicas apresentando-se como os inimigos das elites (quando seus políticos vêm e são das elites) ou como nacionalistas contra a globalização ao mesmo tempo em que promovem o capitalismo financeiro e de plataformas. fakepolitics llena de mentiras demagógicas como que son los enemigos de las élites (cuando sus políticos vienen y son de las élites) o que son nacionalistas contra la globalización mientras promueven el capitalismo financiero y de plataformas.
O discurso comum cria um cânone:
*Primeiro a pátria;
*Deus acima de tudo;
*A família tradicional melhor que o Estado;
*Um novo inimigo: comunistas, mulheres e os direitos humanos;
*Superioridade moral: dizem que não há esquerda nem direita, apenas bons e maus, e eles são os bons.
A estratégia política e comunicacional segue um mesmo padrão:
*Polarizam os debates em torno do medo e do ódio; vitimização perante o legislativo, a justiça, a mídia e os movimentos feministas e de direitos humanos.
*Entrelaçam e confundem tudo: dizem o que soa bem para o espetáculo para depois fazer o contrário em moradia, saúde, educação, emprego; usam o discurso para não fazer.
*Sua agenda moral obriga a todos a falar sempre deles e em seus termos.
*Não discutem os fatos: acusam quem os questiona, levam o debate para como eles são bons humanos.
*Criam um cinismo das pessoas de bem que riem dos progressistas, dos direitos humanos e das lutas feministas e ambientais.
*Usam as redes digitais para viralizar sem jornalismo nem crítica.
*Os meios de comunicação como atores políticos (a oposição ou os militantes).
*Estética precária e simples (usam bem os memes).
Esse é o contexto de uma ultradireita internacional plenamente consciente de sua luta e de seu poder eleitoral e de desestabilização da democracia como fundamento dos direitos e das liberdades que havíamos conquistado no século XX.
A seguir, aqueles que nos lerem poderão ver como é a direita em seis países nos quais fizemos este estudo. Seis jornalistas, seis estilos, seis culturas políticas. Ao final de cada texto, poderão encontrar o kit que define a direita em cada país.
BEM-VINDO - BEM-VINDA - BEM-VINDE